OBJETIVO
A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Salto Cafesoca, que será construída às margens do Rio Oiapoque próxima às comunidades de Prainhas I e II, tem como objetivo principal contribuir para o abastecimento energético do município do Oiapoque e oferecer uma outra fonte de energia além da gerada atualmente através de termelétrica.
O Rio Oiapoque delimita a fronteira nacional com a Guiana Francesa, no entanto a instalação de todas as estruturas produtivas da PCH será feita em território brasileiro.
Este empreendimento aproveita um pequeno desnível bruto da corredeira Salto Cafesoca no Rio Oiapoque, que varia conforme o nível da maré e por isso a PCH Salto Cafesoca é caracterizada como a fio d’água, ou seja, suas turbinas geram energia utilizando a própria vazão do rio sem precisar de um grande desnível e de um reservatório, ou seja, não haverá barragem nem represamento do rio. Este sistema permite que o rio mantenha seu curso natural*, o que contribui para a redução dos impactos socioambientais.
O conjunto de turbinas da PCH Salto Cafesoca somará potência instalada de 7,50 MW e energia média de 5,05 MW.
* O desvio do rio será realizado somente para instalação de ensecadeira, que consiste numa estrutura de contenção temporária construída dentro de leito de água com objetivo de criar um ambiente de trabalho seco para que as atividades de construção possam ser executadas. Vale dizer que para construção da PCH Salto Cafesoca o rio será desviado para seu próprio próprio leito durante período estimado de 6 meses
A interligação da PCH Salto Cafesoca à cidade do Oiapoque será feita através de uma Rede de transmissão de Média Tensão (RMT) com extensão aproximada de 9,4km que chegará até a subestação Oiapoque da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) já existente.
A previsão de construção do empreendimento é de 18 meses.
Nos próximos materiais informativos que você receberá, as estruturas da PCH serão apresentadas com mais detalhes.
Resumo das características da PCH Salto Cafesoca:
• Coordenadas: 03°48’10’’ N e 51°52’37,2″ W.
• Potência Instalada – 7,5 MW – podendo ser ampliada para 11,25MW.
• Vazão Sanitária – 105 m3/s;
• Altura Queda Líquida – 5,49 a 6,72 m;
• Vazão Turbinada Máxima – 125 a 160 m3/s (nas 2 turbinas)
• Previsão de duração do processo construtivo: 18 meses
• Previsão de número de trabalhadores: 200
Área de Empréstimo: Local onde será retirado o material (terra) que será utilizado nas obras de construção PCH;
Bota fora: Local onde será depositado o material escavado para permitir as obras (pedras e terra);
Canal de Adução: É um canal que liga o local onde é captada a água até a câmara de carga (estrutura que tem por finalidade abastecer a tubulação forçada e conduzir a água sob pressão até as turbinas da PCH);
Canteiro de Obras: Local onde serão instalados os escritórios, almoxarifado e toda a infraestrutura para permitir a execução da PCH;
Ensecadeira: Barragem provisória que isolará a porção do leito e onde se concentrarão os trabalhos;
Espigão: Os espigões são estruturas construídas a partir das margens para o centro do rio com o objetivo de:
1. Estabilizar o curso do rio.
2. Reduzir a velocidade do fluxo nas imediações da margem, a montante e jusante para impedir erosão.
3. Favorecer a sedimentação do material de arraste entre os mesmos, e neste caso e no anterior usualmente são definidos como espigões retardadores de fluxo.
4. Desviar o fluxo para o centro do canal desviando de eventuais zonas críticas, para prevenção de erosões.
5. No caso de rios navegáveis, centralizar a corrente para aprofundar o canal; neste caso geralmente é definido como espigões defletores.
Passarela: Será construída junto à PCH e o leito do rio para permitir o trânsito da população do lado brasileiro do Rio Oiapoque;
Pátio de Madeira: Local onde será armazenada a madeira proveniente das atividades de supressão de vegetação (corte de árvores) para permitir a construção da PCH e instalação da RMT;
Pedreira de Granito: Local onde serão retiradas as pedras a serem utilizadas na construção da PCH.
A seguir serão listadas as etapas construtivas de instalação da PCH Salto Cafesoca.
Compreende a retirada da vegetação para abertura de acesso, instalação do canteiro de obras, pátios de estocagem de madeira, áreas de empréstimo e bota fora.
Em locais onde não existe acesso será aberta via para chegar à área para implantação da PCH e no acesso preexistente serão realizadas melhorias.
Local que será instalado pela construtora próximo da área de implantação da PCH, com a estrutura necessária para os colaboradores executarem a obra. Nele serão instalados os escritórios, almoxarifado, áreas de carpintaria e armação, entre outras estruturas.
A ensecadeira será uma barragem provisória que será instalada apenas na área de implantação da PCH e servirá para isolar a água do rio no local e permitir a execução da obra.
A passarela será executada pela construtora junto à estrutura da PCH e permitirá o trânsito da população local na travessia do rio.
Estrutura que será executada para estabilizar a margem do rio onde será instalada a PCH, o espigão será utilizado também como parte da passarela de transposição de pedestres.
Local onde serão instaladas as estruturas básicas de funcionamento da PCH, como as turbinas, os geradores, equipamentos eletromecânicos, eletrônicos e a sala de operação da PCH.
Será instalado um transformador na própria área da Casa de Força da PCH para diminuir a potência da energia gerada e viabilizar sua transmissão via Rede de Média Tensão (RMT).